Penso que é para se entender que a UMBANDA É UM ORGANISMO VIVO e em franco desenvolvimento. E este organismo vivo, vive dentro de nós, UMBANDISTAS.
Estudar e entender sua história é reconhecer a nossa própria história, é saber e dizer de onde viemos, por que viemos, e também vislumbrar um caminho por onde estamos indo. Pois já nos perdemos outrora, pela falta de conhecimento e de reconhecimento dentro da sociedade.
Eu creio que estamos na fase da expansão da consciência religiosa UMBANDISTA, impulsionada por esta nova forma de ensinar a Umbanda, adotada pelos Templos Escolas, e destes novos formadores, que abrem cada vez mais o conhecimento aos novos UMBANDISTAS, como nós.
Nós, que adentramos recentemente nos trabalhos, não viemos apenas pelo AMOR OU PELA DOR. Viemos pelo conhecimento, pela grande magia desta religião DIVINA! Já não nos contentamos em fazer. Queremos entender. O conhecimento abre portas e janelas, e a mente expansiva do médium, guiada pelos seus guias, se ilumina num arco íris divino sem véus, criando uma nova era para a religião. Uma era em que há o reconhecimento e o respeito, pois fazemos parte da sociedade, e já não aceitamos viver a margem desta sociedade.
Todas as nossas práticas religiosas são justificáveis, mas não é errado apropriarmos as nossas práticas ao bom convívio dentro desta sociedade da qual fazemos parte. Faltou-nos em outros tempos a consciência de que fazemos parte de um todo e que devemos cumprir e honrar a nossa cota de participação.
NO HINO UMBANDISTA DIZ: “Avante filhos de fé, pois como a nossa lei não há!” Qual é a nossa lei? A nossa lei é a Lei de DEUS.
E é muito mais abrangente porque nos dá muito mais responsabilidades, nos obriga ao exercício constante da fé e do amor incondicional, do respeito às diferenças, do olhar fraterno às minorias, da humildade e do reconhecimento de si próprio, do conhecimento, da transformação e da evolução.
Estudar de uma forma ampla é procurar adquirir o conhecimento de algo. Preparar, examinar, ponderar, amadurecer. Observar cuidadosamente o fenômeno. Dedicar-se à apreciação, análise e a compreensão. Entender o organismo vivo que habita o templo mediúnico (corpo do médium), é ter posse de sua certidão de nascimento, é apresentar seu RG a quem questione sua identidade, é saber e reconhecer de fato o seu PAI a sua MÃE, seus irmãos e a sua origem divina. Conhecendo nosso passado, construímos no presente. E podemos olhar no horizonte um futuro promissor de respeito e reconhecimento para a nossa religião...
Fonte: Jornal Nacional de Umbanda – Ed. 14, Junho de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário