quinta-feira, 29 de março de 2012

Oração ao Caboclo Ventania



Ó grandioso caboclo Ventania!
Antigo espírito do bem,
Lança tuas flexas de luz em minha direção,
Cubra-me com tua proteção.
Renove minhas energias,
Elevando sempre meu coração
Ao ápice da bondade,
Que sob sua energia, eu aprenda a perdoar mais, esquecendo-me
Verdadeiramente minhas mágoas.
Arrebata a minha alma,
Para que somente amor eu consiga dar.
Vem espírito superior do vento e do tempo.
Grande mestre do sopro, divino
Carrega-me em teus braços,
Dai-me a força que preciso,
Para continuar o que aqui vim fazer,
E nunca me esquecer dos teus ensinamentos.
Oh... Espírito benfazejo,
Sopra em minha direção,
Que meus instintos me façam nunca se acovardar, diante dos
Obstáculos
Que á vontade de continuar
Não adormeça em meu coração,
Pois dela preciso
Para espalhar a fé, a confiança, o otimismo, e a felicidade de uma
Encarnação.
Desliga-me de todas as minhas as decepções...
Com o fervor de seu sopro, O mal não me alcançará.
Aqueles á quem me querem mal não terão êxito.
Pois EU que sou teu filho entrego-me a vós para que assim eu leve
O amor ao coração de todos que passarem por mim.
Vem espírito da brandura,
Circula este sopro de amor em volta de mim, promove-me cura neste
Instante.
Lava meu interior,
E que nele nasça força da tua humildade,
O conforto de uma palavra amiga,
Até o dia de minha partida.
Em nome do mestre maior da terra, Meu Jesus amado, vós que sois
Um mensageiro celestial esteja em mim hoje e sempre.
Amém.

Autoria: Mago Cigano!

domingo, 18 de março de 2012

Os Boiadeiros



São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil.

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.

O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano. Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.

Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como, por exemplo, cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho.

Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos.

Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha.

No Terreiro os Boiadeiros vêm "descendo em seus aparelhos" como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração.

Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus.

Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.

Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.

Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa.

É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações.

Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.

Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.

O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.
Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.

Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Nomes de alguns boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, etc.

Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro”

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Os Baianos



Na década de 50, época que a Umbanda se consolida em São Paulo, houve um enorme fluxo migratório para esta região, pois estava sendo esculpida uma das maiores metrópoles do mundo, tornando-se um grande canteiro de obras.  


Com a quantidade de pessoas vindas de diversas partes do país era enorme, destacando-se os nordestinos, que vieram na maioria para trabalhar nas obras de construção civil, como “peões” urbanos, assim como nos mais diferentes ramos da indústria automobilística, então também em total expansão, especialmente ocupando os postos de trabalho não qualificado. 

No imaginário popular dessa cidade, o nordestino foi, portanto associado ao trabalho duro, à pobreza, ao analfabetismo, aos bairros periféricos, à vida precária, de um modo genérico, a tudo que é considerado inferior ou brega. Com o inchaço populacional e os crescentes problemas, inerentes ao processo de metropolização, o senso comum, marcado pelo preconceito, passa a procurar o “culpado” pelo ônibus lotado, pela falta de emprego, enfim pelas mazelas da cidade. E a culpa é recorrentemente atribuída ao “intruso”, o “cabeça chata ignorante”, o nordestino. 

Assim como o oriental é indiscriminadamente rotulado de “japonês”, o nordestino é o “baiano”. Na vida cotidiana da cidade se percebe o caráter negativo dessa designação: “isso é coisa de baiano”, “que baianada você fez” etc. Ainda que elementos culturais originários da Bahia e do Nordeste tenham sido valorizados pela mídia (no carnaval, na música popular), fenômeno de alguma forma expresso na proliferação dos candomblés em São Paulo, o termo “baiano” (nordestinos, em geral) ainda continua sendo pejorativo. Não obstante, o baiano alcançou grande popularidade na Umbanda. 

A Umbanda caracterizou-se por cultuar figuras nacionais associadas à natureza, à marginalidade, à condição subalterna em relação ao padrão branco ocidental. O nordestino é o “subalterno” da metrópole, o tipo social “inferior” e “atrasado”, e por isso objeto de ridicularização, mas também de admiração, pois igualmente representa aquele que resiste firmemente diante das adversidades. 

O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos. 

Os baianos da Umbanda são pouco presente na literatura umbandista. Povo de fácil relacionamento, sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos.

Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda.

Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão ali "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.

São amigos e gostam de conversar e contar casos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada.

Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé. 

Os trabalhos com a corrente dos Baianos trazem muita paz, passando perseverança para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.

A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.

Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda.

Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.

São grandes admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.

São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.



Características dos Baianos

Comidas: Coco, cocada, farofa com carne seca.

Bebem: Água de coco, cachaça, batida de coco.

Fumam: Cigarro de palha.

Trabalham: Desmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc. São portadores de fortes orações e rezas. Alguns trabalham benzendo com água e dendê.
Cor: laranja ou qual for definida pela entidade

Apresentação: Usam chapéu de palha ou de couro e falam com sotaque característico nordestino, geralmente usam roupas de couro.

Nomes De Alguns Baianos: Severino, Zé Do Coco, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé Do Berimbau, Maria Do Alto Do Morro, Zé Do Trilho Verde, Maria Bonita, Gentilero, Maria Do Balaio, Maria Baiana, Maria Dos Remédios, Zé Do Prado, Chiquinho Cangaceiro, Zé Pelintra (que trabalham também na linha de Malandros).


Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem
 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Banhos Naturais

Não são apenas os banhos preparados que são usados para descarga/energização, os banhos naturais são excelentes. Por exemplo: os banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva (axé de Nanã), de rio, etc.

São banhos que realizamos em locais de vibração da natureza, onde as energias são abundantes. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os chacras superiores (coronal e frontal). Claro que devemos para isto buscar locais livres da poluição.

Dentre eles podemos destacar:

Banhos de Chuva:


O banho de chuva é uma lavagem do corpo associada à Nanã; uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.

Banhos de Mar:


Ótimos para descarrego e para energização, principalmente sob a vibração de Yemanjá.

Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença para o povo do mar e para Mamãe Yemanjá. No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas e sob o sol.

Banhos de Cachoeira:


Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma. Saudemos, pois Mamãe Oxum e todo povo d’água. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol.

Fonte: Desconhecida
 

Banho de Sal Grosso


Este é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O sal grosso é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados de carga negativa, que chamamos de íons. Como, em tudo há a sua contraparte etérica, a função do sal é também tirar energias negativas aderidas na aura de uma pessoa. Então este banho é eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” toda a aura. 

O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronário e frontal).

Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. O melhor é não se enxugar, mas vai de cada um.

Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que eles absorverão a carga negativa.

Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um banho de energização, já que além das energias negativas, também descarregaram-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada, mas há outros modos de se energizar sem ser pelos banhos, o importante é se energizar após o banho de descarrego.

Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (todos os dias ou uma vez por semana, por exemplo), pois ele realmente tira a energia da aura, deixando-o muito vulnerável.

Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso.

Fonte: Desconhecida
 

Banhos de Descarga


É o mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais ou do seu Pai ou Mãe de Santo.

Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todos estes pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e etc., que vão se aderindo à aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando nesta faixa vibratória.

Banho de Descarga com Ervas

Quando feito com ervas, as mesmas devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas), desde que quem vá usá-las, as conheça.

Banhos com essências também devem ser utilizados com cuidado, pois contêm muita vibração, somente administrados por pessoas capacitadas.

O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça. O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco.

Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas. Ao tomarmos o banho de descarrego podemos também entoar um ponto cantado, chamando os guias que vibram com aquelas ervas ali maceradas.

Ao terminarmos o banho de descarga, devemos recolher as ervas e "despachá-las" em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente. 

Hoje em dia há banhos de descarga que são comprados prontos, mas não são recomendados, pois muitos não são preparados com o rigor que deveriam ser. Pois para preparar um banho, devemos colher as ervas certas, caso contrário, não há efeito positivo e/ou completo.

Após um Banho de Descarga, é aconselhável, que se tome algum Banho de Energização, com ervas de Oxalá, ou com as ervas do Orixá do médium.

Fonte: Desconhecida

quinta-feira, 8 de março de 2012

Oxála no candomblé


Se Exu é o começo de tudo, Oxalá é o fim. Se Exu é o principio da vida, Oxalá é o principio da morte. Equilíbrio positivo do Universo, é o pai da brancura, da paz, da união, da fraternidade entre os povos da Terra e do Cosmo. Pai dos Orixás, é considerado o fim pacífico de todos os seres. Orixá da ventura, da compreensão, da amizade, do entendimento, do fim da confusão.

O branco, nos cultos Afro-Brasileiros, é a cor principal. É, entretanto, o luto, a cor de Oxalá, pois Oxalá é aquele Orixá que vai determinar o fim da vida, o fim da estrada do ser humano. Daí sua cor ser considerada a cor do luto, nos Cultos. Oxalá é ofim da vida, é o momento de partir em paz, com a certeza do dever cumprido.
Embora não gostemos dela, nem que a queiramos com certeza, a morte é uma conseqüência da própria vida. Exu inicia, Oxalá termina. É assim nas rodas de Candomblé, no xirês, quando louvamos todos Orixás. Começamos por Exu, terminamos com Oxalá.

A religião, então, encara o fator morte com a mesma naturalidade com que encara os demais assuntos, pois ele faz parte da Natureza e sabemos que tudo tem um inicio, um meio e um fim. Também o Culto vai encarar esta evidência com lógica e vai determinar uma regência, ou melhor, inúmeras regências, para essa força chamada Oxalá.

A morte é descanso final, e se é o descanso final é a paz. Oxalá é o Orixá da paz. Ele é o pai da brancura, cor do luto no Candomblé. Portanto ele é o pai a morte, ou melhor dizendo, é o principio do fim da vida.

Mas Oxalá também tem outras atribuições na Natureza. É ele que vai proporcionar a paz entre os homens; é ele que vai trazer o entendimento, a compreensão, o sossego, a fraternidade, não somente entre os homens, mas também em sua relação com outras forças da natureza, pois é comum nas Casas de Santo oferecemos comidas e flores, para que Oxalá venha apaziguar uma situação de conflito, uma determinada cabeça. É ele que servirá de mediador para que haja uma solução, uma definição.
Oxalá, portanto, está presente nos momentos em que a calma é estabelecida. Rege a tranqüilidade, o silêncio, a paz do ambiente.

Oxalá é o equilíbrio das coisas, mantendo-as suavemente estabilizado e em posição de espera ou definição, de acordo com o caso, de acordo com a situação.É, portanto, a organização final, da maneira mais pacífica possível.

Fonte: Desconhecida 

quarta-feira, 7 de março de 2012

Yemanjá


A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento.

Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É Iemanjá que vai dar o sentido de “família” a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.

Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.

Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não.

Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo).

Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião.

Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar.

Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família.

Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.

Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.

Fonte: Desconhecida

Diferenças entre Umbanda e Kardecismo


Encontramos na Umbanda semelhanças com o kardecismo, mas o fato de ter algo em comum não quer dizer que podemos adotar por livre e espontânea vontade as práticas, e filosofias religiosas das mesmas para dentro de nosso terreiro.

Umbanda possui filosofia e práticas próprias, que são observadas e trazidas à luz através dos espíritos guias. 


A maioria de nós Umbandistas tem recorrido ao kardecismo na sua vasta literatura para nos esclarecermos quanto "ao mundo dos espíritos" , o que é muito positivo, o movimento kardecista esmiuçou e foi a fundo no estudo do fenômeno Mediunidade, o que nos vale como ponto em comum.

Já a maneira de se trabalhar mediunicamente dentro da Umbanda é única, pois ela vai além do "passe e doutrina", os guias de Umbanda tem extrema afinidade e conhecimento das manipulações de elementos da natureza e processos magísticos, motivo pelo qual possuem toda uma variedade de recursos como o uso do fumo, das velas, ponto riscado, ponteiros, Otás, pedras e cristais, guias, banhos, defumações e etc...

O Kardecismo

Kardecismo é um trabalho iniciado na França com Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail), que codificou a doutrina espirita em cinco volumes a saber: "O livro dos Espíritos" (abril de 1857), "O Livro dos Médiuns" (janeiro de 1861), "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (abril de 1864), "O Céu e o Inferno" (agosto de 1865), "A Gênese" (janeiro de 1868).

No Brasil o Kardecismo tomou maior notoriedade através da obra de Chico Xavier (mais de quatrocentos livros psicografados).

No Espiritismo Kardecista, existe todo um trabalho social voltado para a comunidade, dentro do aspecto religioso podemos dizer que procuram seguir a mensagem de Cristo, segundo a visão espirita, concentrando hoje (no Brasil) boa parte de seus esforços na doutrinação (de encarnados e desencarnados) e passes mediúnicos, crêem na reencarnação e buscam na "lei do carma" a causa, em nossos atos passados, para a situação em que cada um de nós se encontra hoje, segundo nosso merecimento.

Carregam a bandeira de que "fora da caridade não há solução", pregando também reforma intima do ser.

A diferença entre a Umbanda e o Kardecismo

Umbanda é um trabalho de resgate das religiões e tradições naturais, assentada na mediunidade de incorporação e com origem nos próprios Orixás, onde eles aparecem de forma renovada como Divindades de Deus, presente em tudo e todos os lugares, por isso são vistos como "Forças de Deus na Natureza".

Tem nos encantados e naturais a manifestação mediúnica dos Orixás, onde estes manifestam as qualidades dos Orixás se apresentando como representantes dos Orixás.

Parte dos trabalhos de Umbanda se dá na incorporação de espíritos humanos, o que lembra muito o Kardecismo, mas estes se pautam não no código kardecista mas na "Lei de Umbanda" fundamentada no astral.

A Umbanda tem muitas faces e facetas englobando em si muitos aspectos e um dos que mais chama a atenção é sua atuação no campo da Magia, visando combater o mau que a muitos aflige por conta da baixa magia manipulada pelo baixo astral.

A Umbanda assim como o Kardecismo tem em suas práticas um trabalho caritativo e isento das cobranças de ordem material.

Fonte: Desconhecida 
 

Diferenças entre Umbanda e Candomblé


Encontramos na Umbanda semelhanças com o Candomblé, mas o fato de ter algo em comum não quer dizer que podemos adotar por livre e espontânea vontade as práticas, e filosofias religiosas das mesmas para dentro de nosso terreiro.

Umbanda possui filosofia e práticas próprias, que são observadas e trazidas à luz através dos espíritos guias.

Sim, nós também cultuamos aos Orixás mas,de forma diferente do ancestral culto Africano, pois os vemos sob outro ponto de vista, se fosse para ser igual não haveria de se fundar outra religião simplesmente adotaríamos o "Candomblé de Caboclo", logo quando surgir uma dúvida antes de recorrer ao que é tão funcional dentro do âmbito do "Culto de Nação", espere, consulte e tenha fé que seus guias de Umbanda terão as soluções, dentro e segundo nossas práticas.


Candomblé

 
Da África: ao contrário do que muitos podem pensar, a religião, na terra mãe dos escravos, aqui aportados, era muito rica e bem diversificada, pois o enorme continente "negro" era todo ele dividido em nações e cada uma tinha seu culto voltado uma ou mais divindades diferenciadas.

A possível classificação que podemos fazer é dividí-la em dois grandes grupos que predominaram aqui no Brasil, dos yorubá (nagô, vindos principalmente da Nigéria ) e djedje (foi em sua maioria do Daomé) onde o primeiro excedia em numero de quase oito vezes maiorque o segundo.

Para mantê-los sob controle, costumavam (os senhores de engenho ) , misturar, nas mesmas senzalas, cativos de várias nações, em sua maioria inimigas, tornando-os vulneráveis uma vez que não se entendiam e muito menos se uniam contra seus "donos".

A rivalidade na África, era tão grande que, dispensava maior trabalho ao europeu, uma vez que os negros se escravizavam uns aos outros (os seus prisioneiros de guerra), assim o europeu já os comprava na condição de escravos, a troco de "banana" (até por "cachaça" eles eram trocados mesmo),para vender a peso de ouro.

Para agravar condição dos mesmos foi-lhes concedido o Domingo para que pudessem fazer seus "batuques", pois o governo os via como "um ato que obriga os negros, insensível e mecanicamente em sete dias , a renovar as idéias de aversão recíproca que lhes eram naturais desde que nasceram".

Logo os batuques se transformaram em culto religioso aos Orixás ( que predominou na Bahia) e Voduns aparecem no Maranhão com a Casa das Minas não podia ser como na África onde cada nação cultuava a um Orixá, mas um culto onde se tocava para todos e onde os mesmos se manifestavam deixando no corpo e na alma de seus filhos os axés de amor, coragem e esperança, enquanto incorporados não falavam nada apenas se faziam sentir, suas mensagens vinham através de Ifá, no jogo de Búzios, o mistério da revelação.

Assim surgiu o Candomblé na Bahia, assim os Orixás foram trazidos a nossa terra.



A Diferença entre Umbanda e Candomblé

Mais simples é começarmos dizendo o que há em comum entre a Umbanda e o Candomblé, que é a incorporação mediúnica e o culto aos Orixás, já este renovado pela Umbanda.

Já as práticas e rituais são diferentes, enquanto na Umbanda as consultas são feitas através dos espíritos de caboclo, preto-velho, baiano, exú... no Candomblé as consultas são feitas através do "jogo de búzios" ou "Ifà", não aceitando a comunicação de espíritos (eguns), sendo portanto vetada sua incorporação, os trabalhos mediúnicos de incorporação contam apenas com a presença de Orixás que também se fazem presente na Umbanda, renovados e sob um outro ponto de Vista .

Esta é a principal diferença, visto que as outras mais são pertinentes da atuação das "entidades guias" em seus trabalhos de Umbanda e dos Rituais Internos do Candomblé.


Fonte: Desconhecida 

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