Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se de nós atitudes compatíveis com esta condição.
Muitos falam apenas na conduta esperada no médium antes e durante as sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no máximo 24 horas após o término da sessão.
Não podemos e nem devemos ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão, mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da conduta no nosso dia-a-dia. O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito pelo próximo.
Não adianta de absolutamente nada banhos, defumadores, preceitos preparatórios para as sessões, se quando a mesma termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que nossa missão e papel terminaram ali e conseqüentemente não aplicamos o nosso aprendizado.
A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa religiosidade dentro e fora do terreiro.
As defesas de um terreiro não serão abaladas pela conduta inconseqüente de alguns médiuns, mas as defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e ainda tem a pachorra de afirmar que tomou o banho direitinho, que firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc, etc... Ou ainda, o que considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que a “Banda” deles tem a obrigação de resolver!!
Desculpas! Meras e tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade. E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns médiuns e dirigentes acreditam que preceitos e oferendas substituem conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!
Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, despacho, oferenda, amaci, que substitua um coração nobre, caridoso, honesto e sincero! Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.
Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com oferendas e mais com conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”, pois como disse o Caboclo Pery na mensagem “Oferendas para Orixás” somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.
Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitar a Umbanda através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela.
Iassan Ayporê Pery
Fonte: Livro: Umbanda - Mitos e Realidade
Já ouvi e vi muita coisa q fiquei chocada num
ResponderExcluircentro e fora dela por mediuns trabalhadores...
Como achei nada ver comigo, afastei ...
Acho a conduta , princípios , respeito ...muitis-
-simo importante.
Agradecida por esclarecimentos, pois tava me sentindo culpada ou me perguntando "será q tô errada ? Paz e Bençãos Divinas a todos!!!Beth
Acontece muito isso em vários centros, mas não podemos culpá-los, pois todos estão aprendendo e nós também, mas o esforço é necessário!
ExcluirSaravá!