terça-feira, 30 de agosto de 2011

As palavras e a verdade

As palavras. Cuidado com as palavras. Elas são o veículo de Deus no mundo físico. No início, era o Verbo...


Não acredite em tudo que lê e vê, nem tudo que faz sentido é verdade. Muitos erram tentando acertar. 

Adquira conhecimento com o que lê e vê e viva para aprender. 

A leitura nos traz conhecimento, viver nos traz sabedoria.

A palavra constrói, mas também destrói.

Tudo que foi exposto tem objetivo didático e visando dar melhor compreensão e apoio, nos momentos preceituais e de meditação. 

Meditar em cima do que compreendemos e sabemos o porquê, facilita em muito o alcance de nossos objetivos. 

Lembro ainda que a coerência e o sentimento elevado devem ser seu mestre e guia.

Amar e ser amado... de fato acreditamos nisso?


“A grandeza de uma profissão é, talvez, antes de tudo, unir os homens. Só há um luxo verdadeiro: o das relações humanas. A experiência mostra que amar não é olhar um para o outro, mas olhar juntos na mesma direção.”


Amar e ser amado”... Tantas vezes você ouviu dizer que esse é o eixo, o fundamento de toda realização e felicidade. No entanto, acreditamos de fato nisso? Na prática de nossa vida, empenhamo-nos com todas as forças de nossa alma, para viver comunhão, como a nova e constante opção de nossa vida crística?

Posso “gostar” das coisas que tenho e das que me rodeiam. Porém, “amar”, só se ama pessoas. E a Deus, que nos fez “à sua imagem”.

Amor apenas merece quem é semelhante a mim. Por isso, o amor-comunhão é fundamentalmente um amor de igual para igual. De irmão para irmão.

E nele, toda dominação ou dependência desaparecem. Só assim é possível respeitar e assumir pessoas, para encarná-las, na superação diária de nossas limitações.

É, sem dúvida, por isso que Jesus Cristo resumiu sua doutrina num ponto só: O AMOR.

Fonte: Livro: O Importante é cativar (-se) – Carlos Afonso Schmitt

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Origem do Termo Satanás e Demônio



A palavra SATANÁS criou-se de uma mística negativa, ligada também ao pavor, ao medo, ao horror.

Naquelas épocas pré-históricas os povos negros que já habitavam o continente Sul-Africano promoviam constantes incursões nos povos da raça branca, principalmente nos povos da área do Mediterrâneo. Levavam a guerra e o morticínio, e faziam levas de escravos brancos. Tamanho foi o pavor que essas invasões (dessa gente da raça negra) produziram nos brancos, que estes deram de conceber que tudo o que provinha dessa raça era negativo e terrível. Daí passaram a denominá-la, pejorativamente, de a gente SUDEANA. Esse horror, esse dito medo, essa mística negativa passou até a ser incorporada no conceito religioso de outros povos.

Assim foi que, entre os egípcios, gerou os termos de SUTH ou SOTH; o de SATH, entre os fenícios; e o de SHATAM nos árabes e nos hebreus. Esse vocábulo – SUDEANO – serviu de raiz ao termo SATURNO entre os etruscos; SATHUR, SUTHUR, ou SURTUR entre os escandinavos. Foi por causa dessas implicações que os astrólogos passaram a chamar o planeta SATURNO como “O MALÉFICO”.

Os europeus denominavam os povos brancos, originários do pólo boreal, de gente BOREANA; ou HIPERBOREANA. Moisés a denominava GIBOREANA. Essa raça branca tinha pavor daquela gente negra, que denominava SUDEANA.

Isso tudo foi apenas invenções e adaptações de antigos legisladores religiosos. Ainda em verdade, esse termo não existia (será que já existe?). Não existe na chamada de Velhas Escrituras e nem nos chamados de Quatro Evangelhos; apenas no Apocalipse de João, que foi iniciado na Ciência Teúrgica. João absorveu e adotou, na doutrina de Zoroastro. Assim como os judeus lá pelos idos do ano de 589 a.C., quando de seu exílio na Babilônia, pois já sentiam ser um absurdo existir um Deus do bem que mandava matar 70 mil pessoas...

Essa doutrina de Zoroastro (falecido em 586 a.C. na Pérsia), pregava o princípio Dualista, um Deus do bem e da luz – seria ORMHUD e um Deus que dirigia as facções do mal, da sombra e da treva, seria ARRHIMÃ.

Cremos ter dado ou evidenciado que essa palavra SUDEANA, de sentido originariamente maléfico, foi a base ou raiz para todos os demais termos citados. Isso por adoções e transposições semânticas, par se adaptar ao linguajar ou aos idiomas desses povos que o incorporaram à suas místicas religiosas, do sobrenatural.

Quanto ao termo Demônio, esse é mais moderno, porque se originou do vocábulo grego DAIMON, que o filósofo Sócrates (falecido em 469 a.C., com 71 anos) dizia ser o nome de seu gênio bom, inspirador. E quanto ao nome DIABO, surgiu como uma corruptela grosseira de demônio.

Fonte: Livro: Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho (W.W. da Matta e Silva) 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Origem do Termo Exu



EXU, como nós pronunciados, é o mesmo ECHU ou ISHU dos Nagôs (os Nagôs pronunciavam o XU de ISHU levemente sibilado). ISHU, ou ECHU, é, portanto, o mesmo que EXU. Essa palavra foi incorporada e adotada na mística religiosa desse povo, para identificar uma divindade menor, que encarnava ou representava as facções que lidavam com o mal. A origem dos termos ECHU ou EXU vem do vocábulo IRSHU, do idioma ZEND, palavra que passou a representar para vários povos a dissolução do PRINCÍPIO ESPIRITUAL PURO, que regia esses povos da Antiguidade, inclusive a gente da raça negra.

IRSHU foi um príncipe da Índia, filho do Imperador UGRA, que por não poder alcançar o trono de seu pai, como filho mais moço que era, provocou, apoiado por ambições políticas e religiosas, um violento Cisma, ou seja, uma terrível cisão, nessa época. Isso pelos idos do ano 3200 a.C. Essa cisão produziu uma hedionda guerra de caráter religioso, massacrando, a ferro e fogo, a todos os que se opuseram às facções desse príncipe, destruindo também todos os seus santuários, através de tenaz perseguição a seus sacerdotes e magos (esse episódio é histórico e está descrito no livro Védico SKANDAPURANA, bem como RAMAYANA, de H. Fouché). Assim o massacre que esse cisma de IRSHU provocou ficou como marca indelével na memória dos poucos sacerdotes e magos que escaparam, como que representando o princípio do mal.

Em verdade, o EXU da Umbanda não encarna nenhum princípio maléfico; ele é e age como ficou explicado neste capítulo, e nem tampouco é a divindade menor – o EXU dos Nagôs – e muito menos o tal Diabo da mitologia de certas religiões. Em realidade, nenhum Deus de nenhuma religião “Criou” nenhum demônio ou qualquer espírito à semelhança do dito Satanás. Na verdade o Exu na Umbanda é um agente mágico, em função cármica disciplinar.

Fonte: Livro: Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho (W.W. da Matta e Silva) 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Umbanda tem Bíblia? - A Bíblia do Umbandista



Meus irmãos eu vou relatar um pensamento, que me foi apresentado, de um Guia, em uma gira de Exu-Velho, e sinceramente, eu fiquei impressionado com a sabedoria deste Exu-Velho, no final do relato eu conto quem foi o Sr. Da Luz.

Certo dia estava conversando com um conhecido de outra religião (totalmente oposta aos nossos conceitos) e acabamos entrando em uma discussão sobre livros e claro que o questionamento inevitável foi feito:

- Porque a sua religião não tem uma Bíblia?

O Silêncio tomou conta de nosso diálogo por um pequeno instante. Expliquei que temos vários livros que contam a história de nossa religião, procedimentos, condutas, fatos que são relatados, etc. Mas confesso que de início concordei com a observação do questionador. Bom, continuamos com a nossa conversa, mas aquilo ficou martelando em minha cabeça, por alguns dias, até a chegada da Luz do irmão e amigo Exu-Velho. É chegado o dia da Gira de Exu-Velho, os sábios Tatás que recebemos em nossa Sagrada Umbanda, e posso dizer a vocês de coração, realmente que sabedoria eles possuem.

Todos os preparativos prontos, então nós iniciamos, defumação sendo passada, pontos cantados, energia circulando, trabalho aberto, assistência pronta para atendimento e o meu amigo e irmão, que tenho um respeito enorme, chega ao terreiro para os trabalhos e atendimentos.

Os atendimentos são iniciados, os passes de limpeza, de cura, de incentivo etc. e a dúvida martelando em minha mente, até que uma voz meio idosa que saía do fundo da alma no meio do vazio dizia-me:

- Sossega “burro novo”, acalme-se que depois nós conversamos, temos muito trabalho pela frente.

Acatei os conselhos do Senhor e concentrei-me no trabalho. Após os atendimentos é chegada a hora dos esclarecimentos. Então o Sr. Exu-Velho com toda a sua Divina sabedoria dá a sua palavra para este “burro novo” (é assim que sou chamado por ele):

 - O “burro novo”, quando lhe perguntarem - Qual é a sua Bíblia? Você calmamente sorri e responde: “A minha Bíblia é imensa e chama-se Natureza, uma única e verdadeira obra Divina, feita única e exclusivamente pelas mãos do grande Criador do Universo, onde seus capítulos e versículos são: · A Cachoeira · A Pedreira · O Caminho · O Lago · O Mar · A Mata · O Céu · O Fogo · A Terra · A Chuva · O Vento · O Dia · A Noite · A Vida · A Morte Onde tudo que precisamos saber está escrito nela, e já faz um bom tempo que foi escrito, antes mesmo de aparecer a nossa escrita. E que tudo isso é obra do Divino Criador do Universo, onde devemos o devido respeito. Ela é a nossa Bíblia, ela é Bíblia do Umbandista”.

Por estas poucas e sábias palavras eu agradeço ao Sr. Exu-Velho, pelo conhecimento passado a este “burro novo”. Laroyê Sr. Tatá Caveira, eu me curvo diante de vossa sabedoria e lhe agradeço por me escolher como vosso “burro” para trabalhar.

Mensagem passada pelo Sr. Exu Tatá Caveira através do médium Danilo Lopes Guedes.

Saravá Umbanda. Saravá os Exus.

Fonte: Espiritualizando com a Umbanda

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Diferenças da mediunidade kardecista e umbandista



No livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho” – W. W. da Matta e Silva, há um relato de Pai Ernesto de Moçambique sobre a diferença entre a mediunidade da “mesa kardecista” e a mediunidade de Umbanda :

“Pergunta : Existe alguma diferença entre a mediunidade da mesa kardecista e a mediunidade de Umbanda?

Resposta : “Sim! A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto e’, os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a Umbanda. Ele é quase exclusivamente doutrinário, mostrando aos homens o caminho a ser seguido a fim de se elevarem verticalmente a Deus. Sua doutrina fundamenta-se principalmente na reencarnação e na Lei da Causa e do Efeito. Abre a porta, mostra o caminho iluminado e aconselha o homem a percorrê-lo a fim de alcançar a sua libertação dos renascimentos dolorosos em mundos de sofrimentos, como é o nosso atualmente, candidatando-se à vivência em mundos melhores. Em virtude disso, a defesa do médium kardecista reside quase exclusivamente na sua conduta moral e elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista, após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras obrigações inadiáveis.

É da tradição espírita kardecista que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as idéia com o seu próprio vocabulário e não as configurações dos espíritos comunicantes.

Em face do habitual cerceamento mediúnico junto às mesas kardecistas, os espíritos tem de se limitar ao intercâmbio mais mental e menos fenomênico, isto é, mais idéias e menos personalidade. Qualquer coação ou advertência contraria no exercício da mediunidade reduz-lhe a passividade mediúnica e desperta a condição anímica. Por esta razão há muito animismo na corrente kardecista.

A faculdade mediúnica do médium ou cavalo de Umbanda é muito diferente da do médium kardecista, considerando-se que um dos principais trabalhos da Umbanda é atuar no baixo astral, submundo das energias degradantes e fonte primaria da vida.

Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forcas ocultas negativas com sabedoria. Em conseqüência o seu desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da dos médiuns kardecistas. Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges negras, ele tem de valer-se dos elementos da natureza, como seja: banhos de ervas, perfumes, defumações, oferendas nos diversos reinos da natureza, fonte original dos Orixás, Guias e Protetores, como meios de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poder estar em condições de desempenhar a sua tarefa, sem embargo da indispensável proteção dos seus Guias e Protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente a ação dos espíritos das falanges negras, isto e’, do mal que os perseguem, sempre procurando tirar uma desforra.

Por isso a proteção dos filhos de Terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos experimentados Orixás, conhecedores das manhas e astucias dos magos negros. Sua atuação é permanente na crosta da Terra e vigiam atentamente os médiuns contra investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela evocação de pensamentos ou de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas. Os Chefes de Legião, Falanges, Sub-falanges, Grupamentos e Protetores, também assumem pesados deveres e responsabilidade de segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mutua, porem, de maior responsabilidades dos Chefes de Terreiro.

Dai as descargas fluídicas que se processam nos Terreiros, após certos trabalhos, com a colaboração das falanges do mar e da cachoeira, defumação dos médiuns e do ambiente e dando de beber a todos água fluidificada. Espírito que encarna com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar.

Na corrente kardecista, isto não é necessário, em virtude de não ter de enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando suas principais características. Enato vemos caboclos e pretos-velhos revelarem-se nos Terreiros com linguagem deturpada para melhor compreensão da massa humilde, assim como as crianças, encarnando suas maneiras infantis para melhor aceitação das mesmas. 

Yansã, Mãe Virgem - Os Tincoãs




Yansã, mãe virgem
Dos cabelos louros
Ela desceu do céu
Num cordel de ouro

Yansã, mãe virgem
Deusa que nos socorre
Sentada na pedra
Pra ver se o rio não corre

Chegou a seca no norte
O povo romeiro em prece
Pede cantando à deusa dos astros
Que chuva lhes desse
À deusa dos astros
Que chuva lhes desse
(2x)

À deusa dos astros
Que chuva lhes desse
À deusa dos astros
Que chuva lhes desse

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