domingo, 27 de maio de 2012

sábado, 26 de maio de 2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Santa Sara Kali - Padroeira dos Ciganos - 24 de maio



Sara é um referencial de fé e de amor. É uma mensageira de Jesus Cristo. É um farol de luz para aqueles que estão perdidos. É o perfume que segue os ciganos na liberdade das estradas. É a Padroeira dos ciganos nos quatro cantos do mundo.

O Santuário de Santa Sara Kali está localizado na Igreja de Notre Dame de La Mer, cidade provençal de Saint-Marie-de-La-Mer, no sul da França. Todos os anos, ciganos do mundo inteiro peregrinam às margens do mar Mediterrâneo para louvar Santa Sara, nos dias 24 e 25 de maio.

Existem várias versões com as lendas de Santa Sara Kali. Entre os anos 44 e 45, por causa das perseguições cristãs, pela ira do Rei Herodes Agippa, alguns discípulos de Jesus Cristo foram colocados em embarcações, entregues à própria sorte. Em uma dessas embarcações estavam Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino que, junto com Sara uma cigana escrava, foram atirados ao mar. Milagrosamente a barca, sem rumo, atravessou o oceano e aportou em Petit-Rhône, hoje Saint-Marie-de-La-Mer, na França.

Segundo a lenda, as três Marias, em desespero em alto mar, sem esperanças de sobreviver, choravam e rezavam o tempo todo. Sara, ao ver o sofrimento das amigas, retirou o diklô (lenço) da cabeça e chamou por Kristesko (Jesus Cristo), fazendo um juramento ao Mestre, no qual Sara tinha fervorosa fé. A cigana prometeu que, se todos se salvassem, ela seria escrava do Senhor e jamais andaria com a cabeça descoberta, em sinal de respeito.

O diklô é um simbolismo forte entre os ciganos. Significa a aliança da mulher casada em sinal de respeito e fidelidade. Santa Sara protege as mulheres que querem ser mães e sente dificuldades em engravidar. Protege, também, os partos difíceis. Basta ter fé na sua energia. 

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Comidas Ciganas


Armiana
Salada de alface (em rodelas) com champignon; queijo de cabra, cenoura, beterraba (em pedaços) e beringela frita (em tiras). Enfeitada com uvas-passas, raminhos de hortelã e pétalas de flores.
Assados
Pernil de carneiro (Bakró); Pernil de leitão (Baló); Cabrito frito com arroz e brócolis (ou lentilha ou nozes); e/ou roletes de carne bovina ou frango com pedaços de cebola, pimentão (verde e amarelo) e tomate.
Brynza
Queijo de cabra (cru ou frito).
Chivuiza
Destilado à base de trigo (espécie de aguardente).
Civiaco
Torta salgada ou doce.
Manouche
Feijões vermelhos grandes, pedaços de carne e de ossos de pernil de porco, alhos-porós em pedaços, salsão com as folhas em pedaços, alhos comuns inteiros com casca, cenouras e batatas cortadas em pedaços grandes, sal e pimenta-do-reino (moída na hora) à gosto; arroz branco que deve ser incorporado na última etapa do cozimento.
Goulash
Cozido de arroz, batata, pedaços de carne bovina e páprica ardida.
Malay
Pão de milho.
Manrô/Lolako
Pão redondo de Farinha de Trigo.
Mamalyga
Polenta.
Naut
Grão de Bico com lingüiça.
Paprikach
Costela defumada (bovina ou suína) e bacon ao molho vermelho de tomate e pimentão com batatas pequenas, cozidas (na casca) e páprica doce.
Papuchá
Pirão de Milho.
Sifrite
Ponche de Frutas com Champanhe, Vinho e/ou refrigerante. Enfeitar com pétalas de rosa
Sarmá
Arroz com lentilha, carne seca desfiada e nozes.
Sarmy/Salmava
Charutos ou Rolinhos feitos em folhas de repolho recheados com lombo ou carne bovina moída, azeitonas, bacon e molho dourado; e/ou em folha de uva com recheio de bacalhau.
Varensky
Pastel cozido podendo ser doce (recheado com uva) ou salgado (recheado com batata ou queijo de cabra).
Tchaio/Kavi
Chá Cigano feito com Chá Preto ou Mate com pedaços de frutas (maçã: felicidade; uva fresca: prosperidade; uva passa ou ameixa: progresso; morango: amor; damasco: sensualidade; pêssego: equilíbrio pessoal; limão: energia positiva e purificação da alma). Fazer o chá em água fervente e deixar amornar. Colocar as frutas maceradas, misturar bem, coar e beber.

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Origem do Povo Cigano




Os ciganos são verdadeiros andarilhos, livres e alegres. Sua origem é indiana, mas surgem dos mais variados lugares com uma descendência infinita, ao ponto em que seria impossível de citar todas. Os mais conhecidos vieram da Espanha, Portugal, Hungria, Marrocos, Argélia, Rússia, Romênia e Iugoslávia. Carregam consigo seus costumes, características e tradições.


Outras informações sobre as origens dos ciganos foram obtidas através de estudos linguísticos feitos a partir do século passado pelo alemão Pott, o grego Paspati, o austríaco Micklosicyh e o italiano Ascoli. A comparação entre os vários dialetos que constituem a língua cigana, chamada romaní ou romanês, e algumas línguas indianas, como o sânscrito, o prácrito, o maharate e o punjabi, permitiu que se estabelecesse com certeza a origem indiana dos ciganos.

A maior parte dos indianistas, porém, fixa a pátria dos ciganos no noroeste da Índia, mas os indianistas modernos,  têm tendência a não considerá-lo um grupo homogêneo, mas um povo viajante muito antigo, composto de elementos diversos, alguns dos quais poderiam vir do sudeste da Índia.

A razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério. Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades. Mas a origem indiana dos ciganos é hoje admitida por todos os estudiosos, não havendo dúvidas quanto ao que diz respeito à língua e à cultura.

A maioria, igualmente, os ligam à casta dos párias. Isso em parte por causa de seu aspecto miserável, que não se deve a séculos de perseguição, pois foi descrito bem antes da era das perseguições. Também por causa dos empregos subalternos e das profissões geralmente desprezadas na Índia contemporânea pelos indianos que lhes parecem estreitamente aparentados.

A presença de bandos de ex-militares e de mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem. Além disso, as possibilidades de assentamento eram escassas, pois a única possibilidade de sobrevivência consistia em viver às margens das sociedades.

Os preconceitos já existentes eram reforçados pelo convencimento difundido na Europa que a pele escura fosse sinal de inferioridade e de malvadeza.

Os ciganos eram facilmente identificados com os Turcos porque indiretamente e em parte eram provenientes das terras dos infiéis, assim eram considerados inimigos da igreja, a qual condenava as práticas ligadas ao sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos que os ciganos costumavam exercer. A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia o reconhecimento como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo houvessem sido qualificados como Egípcios.

A oposição aos ciganos se delineou também nas corporações, que tendiam a excluir concorrentes no artesanato, sobretudo no âmbito do trabalho com metais. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe na criação de lendas e provérbios tendendo a por os ciganos sob mau conceito, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e, portanto, malditos (Gênesis 9:25). Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação do Senhor).

Dos preconceitos à discriminação, até chegar às perseguições. Na Sérvia e na Romênia foram mantidos em estado de escravidão por certo tempo; a caça ao cigano aconteceu com muita crueldade e com bárbaros tratamentos. Deportações, torturas e matanças foram praticadas em vários Estados, especialmente com a consolidação dos Estados nacionais.

Sob o nazismo os ciganos tiveram um tratamento igual ao dos judeus: muitos deles foram enviados aos campos de concentração, onde foram submetidos a experiências de esterilização, usados como cobaias humanas. Calcula-se que meio milhão de ciganos tenham sido eliminados durante o regime nazista. Um exemplo entre muitos: o trem que chegou a Buchenwald em 10 de outubro de 1944 trazia 800 crianças ciganas. Foram todas assassinadas nas câmaras de gás do crematório cinco.

Não se sabe bem por qual razão, os nazistas permitiram que conservassem seus instrumentos musicais. A música serviu-lhes de último consolo. Um sobrevivente não cigano relembra uma passagem do ano de 1939 em Buchenwald: "De repente, o som de um violino cigano surgiu de uma das barracas, ao longe, como que vindo de uma época e de uma atmosfera mais feliz... Árias da estepe húngara, melodias de Viena e de Budapeste, canções de minha terra".

Atualmente, os ciganos estão presentes em todos os países europeus, nas regiões asiáticas por eles atravessadas, nos países do oriente médio e do norte da África. Na Índia existem grupos que conservam os traços exteriores das populações ciganas: trata-se dos Lambadi ou Banjara, populações semi-nômades que os "ciganólogos" definem como "Ciganos que permaneceram na pátria". Nas Américas e na Austrália eles chegaram acompanhando deportados e colonos.

Os primeiros ciganos vieram para o Brasil no século XVI, trazidos pela corte real de D. João VI para divertir a comitiva; sendo eles: cantores, músicos e dançarinos.

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Para refletir... Religião!!



“Apesar de escolhermos a nossa religião, dentro de nós temos a nossa própria crença.
 Cada um tem uma maneira de conversar com Deus, ninguém reza igual a ninguém.”

Gabriel F. Rosa

Para refletir... Tentativas!!!


“Aprendendo a viver, vivendo.”

Gabriel F. Rosa

Para refletir... Vida!!!



“Tem coisas que não adianta procurarmos em livros, tem que serem descobertas por nós mesmos.”

Gabriel F. Rosa

Para refletir... Defeitos!!!


"Muitas vezes, nos preocupamos com os defeitos dos outros para que não sejamos prejudicados por eles e deixamos de ver os nossos defeitos, assim prejudicando o próximo."

Gabriel F. Rosa

Linguagem Cigana



A língua cigana (o romani) é uma língua da família indo-européia que, pelo vocabulário e pela gramática, está ligada ao sânscrito, eles não permitem sua divulgação e tradução para que os Gadjoes (não-ciganos) não conheçam seus segredos. Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estreitamente aparentada a línguas vivas tais como o hindi, o goujrathi, o marathe, o cachemiri.

No entanto, eles assimilariam muitos vocábulos das línguas dos países por onde passaram.
Outros dialetos como o Caló também são usados por alguns grupos.

Vamos Falar Romani?

Acans
 olhos

Marrão
 pão
Aruvinhar
 chorar

Mirinhorôn
 viúva
Bales
 cabelos

Naçualão
 doente
Baque
 sorte, fortuna, felicidade

Nazar
 flor
Bato
 pai

Paguicerdar
 pagar
Brichindin
 chuva

Panin
 água
Cabén
 comida

Paxivalin
 donzela
Cabipe
 mentira

Querdapanin
 português
Cadéns
 dinheiro

Quiraz
 queijo
Calin
 cigana

Raty
 sangue
Calon
 cigano

Remedicinar
 casar
Churdar
 roubar

Ron
 homem
Dai (ou Bata)
 mãe

Runin
 mulher
Dirachin
 noite

Sunacai
 ouro
Duvêl
 Deus

Suvinhar
 dormir
Estardar
 prender

Tiráques
 sapatos
Gadjó
 não cigano

Trup
 corpo
Gajão
 brasileiro, senhor

Urai
 imperador ou rei
Gajin
 brasileira, senhora

Urdar
 vestir
Jalar
 ir embora

Vázes
 dedos ou mão
Kachardin
 triste

Xacas
 ervas
Kambulin
 amor

Xinbire
 aguardente
Lon
 sal

Xôres
 barbas

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem 

domingo, 20 de maio de 2012

Religião do Povo Cigano quando encarnados



Os ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades. Eles possuíam na sua língua apenas uma palavra para designar Deus (Del, Devel). Eles se adaptaram facilmente às religiões dos países onde permaneceram. No mundo bizantino, tornaram-se cristãos. Já no início do século XIV, em Creta, praticavam o rito grego. Nos países conquistados pelos turcos, muitos ciganos permaneceram cristãos enquanto que outros renderam-se ao Islã. Desde suas primeiras migrações em direção ao Oeste eles diziam ser cristãos e se conduziam como peregrinos.

A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer. Mas não foi provado que, sob o Antigo Regime, os ciganos tenham tomado parte na grande peregrinação cristã de 24 e 25 de maio, tão popular desde a descoberta no tempo do rei René, das relíquias de Santa Maria Jacobé e de Santa Maria Salomé, que surgiram milagrosamente em uma praia vizinha.

Nem que já venerassem a serva das santas Marias, Santa Sara a Egípcia, que eles anexarão mais tarde como sua compatriota e padroeira.

A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual à Camargue.

Muitas ciganas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.

Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejados todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo o livro oráculo (único escrito por uma verdadeira cigana) "Lilá Romai: Cartas Ciganas", escrito por Mirian Stanescon - Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: "Dalto chucar diklô" (Te darei um bonito lenço). Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. 

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...