“Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros.”
Confúcio
A maioria das pessoas se preocupa exclusivamente consigo, e nem se quer saber de abrir o coração a alguém.
“Demais vezes já fui enganado”, é a queixa de sempre.
- Quando esperava ter confiado em alguém, ele me traiu. Não confio mais a ninguém minha vida íntima. Um dia todos nos abandonam...
Concordo que não é fácil descobrir um verdadeiro amigo. Mas, daí, ao exagero de fechar-se totalmente em si, também não parece o mais acertado.
O individualismo gera a solidão, e esta é, muitas vezes, mãe do desânimo e da descrença. Torno-me um espírito fechado, cheio de reservas e desconfianças. Rejeito, de antemão, o amor que alguém gratuitamente me possa oferecer. Nem todos, porém, são aproveitadores. Nem todos têm “segundas intenções”.
Há sempre ainda, graças ao bom Deus, gente que sabe amar.
Gente que está disposta a partilhar sua vida com os outros.
Gente que coloca a pessoa acima dos negócios e dos números.
Às vezes nos parecemos com “as rosas” que o Pequeno Príncipe descobriu. “Elas estavam desapontadas” quando lhes disse que eram “belas, mas vazias” porque ainda não haviam sido cativadas e nem haviam cativado alguém.
Estamos desapontados com a vida.
Ainda não descobrimos seus mais profundos segredos. Ainda não aprendemos a amar, autenticamente.
Somos ainda uma “rosa” sem nome, como os milhares que circulam nas ruas de nossas cidades. Perdidos na multidão, carregam sozinhos sua descrença e seu fardo, quando, a dois, seria tão mais gostoso viver!
Na medida em que nos tornamos receptivos, estaremos superando os impasses do individualismo e abrindo caminhos para a solidariedade. Fechar-se não leva a nada, a não ser para a solidão. E isso não nos serve!
Fonte: Livro: O Importante é cativar (-se) – Carlos Afonso Schmitt
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