A traição nunca triunfa. Qual o motivo? / Porque, se triunfasse, ninguém mais ousaria chamá-la de traição.
J. Harington
Estamos ficando superficiais ao extremo.
Ninguém mais quer
O esforço da reflexão
O aprofundamento da análise
O questionamento exaustivo
A procura constante
O amor de renúncia...
Preferimos não pensar. É mais fácil. Mais cômodo. Menos comprometedor.
Um amor integral, de globalidade e compromisso, sem rupturas nem “filiais”; um lar que é feito de CORAÇÕES QUE SE AMAM e não de pessoas justapostas, cada dia se apresenta mais difícil e quase inconcebível.
Vivemos numa época de muitos amores e de pouco Amor. De muita superficialidade e pouca riqueza interior.
Por que há tantos maridos que já não sentem como “única no mundo” aquela que entre todas, livremente e por amor, escolheram?...
Por que há tantas mulheres que não têm como “único no mundo” aquele a quem um dia disseram “sim”, para toda vida?...
- O mundo já não é como antigamente.
Tudo mudou!
Quem é que pode aguentar a barra sem uma “fugidinha” ocasional, sem um encontro que nos quebre a solidão e a tristeza que infalivelmente nos invadem?...
E os desconhecidos continuam morando juntos, na própria casa. Aqueles que se deviam conhecer a fundo e amar de todo coração, não mais repartem sua atenção e afeto, porque o mundo os absorveu com suas ideias consumistas e sem Deus.
E deixamo-nos envolver, deixamo-nos manipular, teleguiar, por uma questão de “status” e de prestígio social, sem nos aperceber da falsidade e do vazio que se escondem atrás desse jogo podre e sujo que a “sociedade Playboy” nos apresenta como solução.
Corremos atrás de novidades e aventuras, como um sedento atrás da água.
E não reparamos que a água que nos servem é envenenada e poluída, cheia de impurezas e disfarces.
Tudo isso, claro, escondido atrás de uma impecável aparência e de um sorriso forçado, como se um terno e gravata fizessem de alguém um homem realizado e feliz.
Quando voltaremos à fonte primitiva, de água cristalina e refrescante?
Quando devolveremos ao amor a primazia que ele merece, para conhecermos a alegria de ser para alguém “o único no mundo”?...
Fonte: Livro: O Importante é cativar (-se) – Carlos Afonso Schmitt
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