quarta-feira, 7 de setembro de 2011

“Desculpe! Não tenho tempo!”


“Muitas vezes não procuramos razões para fazer o que fazemos, mas desculpas.”
Somerset Maugham


Há sempre uma desculpa prontinha para esquivar-se. Há sempre um “outro” compromisso, e não aquele que o próximo-mais-próximo estaria agora precisando de mim.

Estamos na era atômica, da cibernética e do jato. Não podemos perder tempo com coisas insignificantes, como por exemplo: sentar para dialogar, para escutar um coração sofredor ou dizer uma palavra de conforto. Para isso existem os psiquiatras, são pagos para isso. Nós, nós somos os homens do “relógio eletrônico” e todos os minutos valem dinheiro.

Como enquadrar a “paciência” e o “tempo que se deve perder” com a mentalidade vigente e a roda-vida em que nos vemos jogados diariamente, lutando para manter uma estrutura que nos escraviza e esmaga?

Tempo para “cativar alguém”...

Parece até brincadeira de mau gosto falar disso a um homem de negócios, a um executivo, a um jovem que luta por um vestibular, à mãe que, além de mãe é professora-aluna-de-ioga-presidente da Associação Feminina-intergrante-de-um-clube-de-serviço... ao home anônimo que mora no bairro ou na favela e chega em casa, cansado, suado e com fome...

Todos, porém, igualmente precisados de amor!

E todos, parece, fugindo de si.

Afogando-se em coisas e coisas.

Alienando-se.

Despersonalizando-se.

E quem tem tempo para parar?

Para “criar laços” de amizade, de estima, de diálogo, começando em seu próprio lar?

Quem?...

-Você?!

Fonte: Livro: O Importante é cativar (-se) – Carlos Afonso Schmitt

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...