terça-feira, 5 de julho de 2011

Qual a origem da magia e do ocultismo? E a magia negra?


A força, a arte ou o conhecimento que se convencionou chamar de magia está presente no mundo desde que surgiram os primeiros agrupamentos humanos.

Inicialmente era considerada manifestação sobrenatural ou do mundo oculto todo e qualquer fenômeno que a mente humana primitiva não conseguia compreender. Em épocas recuadas, o homem já consagrava oferendas às forças titânicas e, até então, indomáveis da natureza. Assim começa a história da magia.

Quando estudamos o passado histórico das civilizações podemos compreender quanto a ignorância dos homens primitivos contribuiu para desencadear o desenvolvimento de crenças e lendas, que, de algum modo, procuravam dar sentido às percepções e aos fatos incompreendidos. São histórias, personagens, superstições que nasceram da incapacidade momentânea dos povos da Terra de explicar ou compreender as leis da natureza, nas mais diversas épocas e culturas. A história da magia em sua manifestação mais elementar confunde-se com esse estado de ignorância dos fenômenos naturais. Nasceram, assim, os deuses e demônios, os seres considerados sobrenaturais e detentores de poderes e conhecimentos além do alcance dos simples mortais.

Mais adiante no tempo, homens cujo psiquismo era mais desenvolvido que os demais de sua comunidade aprenderam a captar intuições ou foram guiados por mestres daquela época no contato com o mundo oculto em manipulação de fluidos, elementos essenciais na prática dessa espécie de magia. Os feiticeiros, xamãs ou curandeiros, sacerdotes e sacerdotisas, após passarem por etapas de aprendizado e algum processo iniciativo, estariam capacitados a manipular ervas, fluidos e até mesmo o psiquismo de seus companheiros de tribo ou nação.

Consultados os registros do mundo astral - aquilo que os esoteristas costumam designar de registros areádicos, pode-se ver que foi no lendário império da Atlântida que esses sacerdotes-médiuns alcançaram grande expressão no conhecimento dos elementos da natureza na manipulação das chamadas forças ocultas.

Tais forças ocultas não passam de elementais, isto em fases embrionárias de evolução, assim como de fluidos e magnetismo, utilizados em larga escala por mentes acostumadas a longos processos de disciplina.

Como a multidão não tinha acesso ao entendimento dos elementos da vida oculta, pelas características da iniciação, criou-se a aura de mistério que cerca os sacerdotes da Antigüidade. As pesquisas a respeito das ervas, pós e poções, beberagens e seus efeitos no organismo humano e na própria mente, assim como alucinógenas, aumentaram ainda mais o poder dos magos e iniciados, que, ao longo do tempo, passaram a abusar do conhecimento que detinham.
Surgem, na lendária Atlântida, os rituais sagrados e as primeiras manifestações da chamada magia negra.

Ao conhecimento a respeito da natureza oculta, das ervas, dos fluidos e de certos elementos extrafísícos, juntou-se a experiência de alguns pesquisadores a respeito dos astros. Anteviram, através de suas pesquisas, eventos naturais e cataclismos, conhecidos com antecipação pelo olhar mais atento e observador, investigativo. Dá-se início, na Terra, a era dos profetas, adivinhos e prognosticadores, que guardavam, cada um, a característica de sua cultura e suas crenças.

Segundo consta na tradição espiritual do planeta, elementos psíquicos descontrolados aliados aos abusos das inteligências da época atraíram os cataclismos responsáveis pelo fim daquele período, quando o continente da Atlântida mergulhou nas águas do oceano.

Prevendo o fim próximo, alguns estudiosos de então transportaram seu conhecimento para outras terras, outras nações. Caravanas de iniciados, guardando o tesouro de suas pesquisas e experiências transcrito em papiros e pergaminhos da época, empreenderam a viagem dos magos e chegaram às regiões correspondentes à Índia, ao Egito e à antiga Pérsia, onde fundaram escolas iniciativas que buscavam preservar as tradições de seu povo.

As Torres do Silêncio, na Pérsia, os templos iniciativos do Oriente ou os conselhos de sacerdotes egípcios e de outros povos da Antigüidade formavam o reduto do conhecimento oculto. Poucos eram aqueles admitidos no círculo restrito de iniciação ao chamado ocultismo. Na época mais recente da história humana, muitos representantes dos sacerdotes e magos da Antigüidade transformaram-se em precursores dos atuais cientistas, através da reencarnação.

Em partes do planeta onde o homem estacionou por mais tempo em sua caminhada evolutiva, também deixou de progredir o contato com o mundo oculto, e as práticas do ocultismo acabaram se degenerando em interesses mais imediatos.

Difundiram-se na Terra as manifestações da magia negra, que outra coisa não é senão a manipulação dessas mesmas forças e dos elementos da vida extrafísica, mas associada a inteligências vulgares, que cultivam interesses infelizes e mesquinhos. Empreende-se o intercâmbio com forças e energias bastante primitivas, primárias e materializadas.

Entidades cuja vibração se afina a tais interesses egoístas estabelecem ligação mais intensa com seus médiuns, os magos negros, a fim de vampirizar suas energias. É comum observar, em casos assim, processos de simbiose espiritual. Os parceiros do conluio tenebroso passam a vibrar em conjunto, alimentando-se um do outro durante longos períodos, até que o elemento dor os desperte e coloque limites nos desregramentos e abusos cometidos.

Fonte: Livro: Aruanda – Robson Pinheiro

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