terça-feira, 26 de julho de 2011

Nanã Burukê


Associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira  com a ponta curvada e enfeitado com búzios.

Nanã é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.

Nanã Burukê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo, portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.

Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.

O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.

O Movimento adquire Estrutura.

Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.

Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.

Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.

Este mistério divino que reduz o espírito é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.

Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.

Características

Cor
Roxa ou Lilás (Em algumas casas: branco e o azul)
Fio de Contas
Contas, firmas e miçangas de cristal lilás.
Ervas
Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da Quaresma, Erva de Passarinho, Dama da Noite, Canela de velho, Salsa da Praia, Manacá. (Em algumas casas:  assa peixe, cipreste, erva macaé, dália vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá, rosa vermelho escura, tradescância)
Símbolo
Chuva.
Pontos da Natureza
Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos.
Flores
Todas as flores roxas.
Essências
Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.
Pedras
Ametista, cacoxenita, tanzanita
Metal
Latão ou Níquel
Saúde
Dor de cabeça e Problemas Intestino
Planeta
Lua e Mercúrio
Dia da Semana
Sábado (Em algumas casas: Segunda)
Elemento
Água
Chakra
Frontal e Cervical
Saudação
Saluba Nanã
Bebida
Champanhe
Animais
Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas)
Comidas
Feijão Preto com Purê de Batata doce. Aberum. Mungunzá
Numero
13
Data Comemorativa
26 de julho
Sincretismo:
Nossa Senhora Santana
Incompatibilidades:
Lâminas, multidões.
Qualidades:
Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure

As Características Dos Filhos De Nanã

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza e preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros.

Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.

Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.

Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.

O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

Cozinha ritualística

Canjica branca

Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Berinjela com inhame

Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames cozidos em água pura, com casca, e cortados em rodelas, arrumados em um alguidar vidrado, regado com mel.

Sarapatel

Lava-se miúdos de porco com água e limão. Corta-se em pedaços pequenos e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da índia, caldo de limão e sal. Cozinha-se tudo no fogo. Quando tudo estiver macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Serve-se acompanhado de farinha de mandioca torrada ou arroz branco.

Paçoca de amendoim

Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma pitada de sal.
 
Efó

Ferve-se 1 maço bem grande de língua de vaca, espinafre ou beterraba. Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com azeite de dendê, camarões secos, pimenta do reino, cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É servido com arroz branco.

Aberum

Milho torrado e pilado.

Obs. Nanã também recebe: Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Nanã - Cordeiro de Nanã - Os Tincoãs




Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.

Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.

Fui chamado de cordeiro mas não sou cordeiro não.
Preferi ficar calado que falar e levar não.
O meu silêncio é uma singela oração.
Minha santa de fé.

Meu cantar.
(Meu cantar)
Vibram as forças que sustenta o meu viver.
(Meu viver)
Meu cantar.
(Meu cantar)
É um apelo que eu faço a Nãnaê.

Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.

O que peço no momento é silêncio e atenção.
Quero contar o sofrimento que eu passei sem razão.
O meu lamento se criou na escravidão...
Que forçado passei.

Eu chorei.
(Eu chorei)
Sofri as duras dores da humilhação.
(Humilhação)
Mas ganhei, pois eu trazia Nãnaê no coração.

Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê.

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Oh Nanã Burukê, teus filhos lhe pedem, teus filhos lhe imploram




Oh Nanã Burukê, teus filhos lhe pedem
Teus filhos lhe imploram
Venha ver o terreiro,e levar todo mal na sua marola(bis)

Sarava Nanã aue, sarava Nanã aua
Sarava Nanã na beira do rio e nas ondas do mar (bis)

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Ô, cadê Vira Mundo, Pemba?





Ô, cadê Vira Mundo, Pemba?
Ta na terrêra, Pemba
Com seu cambono, Pemba

Veado no mato corredor
Cadê meu mano caçador?
Cadê caboclo Ventania?
Esse caboclo nosso guia

Ô, cadê Vira Mundo, Pemba?
Ta na terrêra, Pemba
Com seu cambono, Pemba

Galinha preta na encruzilhada
Gato preto de madrugada
Azeite de dendê
Farofa amarela
Com três vintém
Numa panela

Ô, cadê Vira Mundo, Pemba?
Ta na terrêra, Pemba
Com seu cambono, Pemba


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domingo, 24 de julho de 2011

Cuidados no desenvolvimento da mediunidade



O escolho com que topa a maioria dos médiuns principiantes é o de terem de haver-se com Espíritos inferiores e deve dar-se por felizes quando são apenas Espíritos levianos.  Toda atenção precisam pôr em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles.  É ponto este de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas as precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.

A primeira condição é colocar-se o médium, com fé sincera, sob a proteção de Deus e solicitar a assistência do seu anjo de guarda, que é sempre bom, ao passo que os espíritos familiares, por simpatizarem com as suas boas ou más qualidades, podem ser levianos ou mesmo maus.

A segunda condição é aplicar-se, com meticuloso cuidado, a reconhecer, por todos os indícios que a experiência faculta, de que natureza são os primeiros Espíritos que se comunicam e dos quais manda a prudência sempre se desconfie. Se forem suspeitos esses indícios, dirigir fervoroso apelo ao seu anjo de guarda e repelir, com todas as forças, o mau Espírito, provando-lhe que não conseguirá enganar, a fim de que ele desanime.

Por isso é que indispensável se faz o estudo prévio da teoria, para todo aquele que queira evitar os inconvenientes peculiares à experiência.

Se for importante não cair o médium, sem o querer, na dependência dos maus Espíritos, ainda mais importante é que não caia por espontânea vontade.  Preciso, pois, se torna que imoderado desejo de escrever ou incorporar não o leve a considerar indiferente dirigir-se ao primeiro que apareça, salvo para mais tarde se livrar dele, caso não convenha, por isso que ninguém pedirá impunemente, seja para o que for, a assistência de um mau Espírito, o qual pode fazer que o imprudente lhe pague caro os serviços.

Algumas pessoas, na impaciência de verem desenvolverem-se em si as faculdades mediúnicas, desenvolvimento que consideram muito demorado, se lembram de buscar o auxílio de um Espírito qualquer, ainda que mau, contando despedi-lo logo.  Muitas hão tido plenamente satisfeitos seus desejos imediatamente.  Porém, o Espírito, pouco se incomodando com o ter sido chamado na pior das hipóteses, menos dócil se mostrou em ir-se do que em vir.  Diversas conhecemos, que foram punidas da presunção de se julgarem bastante fortes para afastá-los quando o quisessem, por anos de obsessões de toda espécie, pelas mais ridículas mistificações, por uma fascinação tenaz e, até, por desgraças materiais e pelas mais cruéis decepções.  O Espírito se mostrou, a princípio, abertamente mau, depois hipócrita, a fim de fazer crer na sua conversão, ou no pretendido poder do seu subjugado, para repeli-lo à vontade.

A seguir, um caso de influenciação citado por André Luiz:

        “... É verdade, mamãe. Enormes são as nossas imperfeições. Creia que a minha situação é pior. A senhora experimenta ansiedade, amargura, melancolia... É bem pouco para quem, corno eu, se sente vítima dos maus pensamentos. Casei-me há menos de oito meses, e, não obstante o devotamento de minha esposa, tenho o coração, por vezes, repleto de tentações descabidas. Pergunto a mim mesmo a razão de tais idéias estranhas e, francamente, não posso responder. A invencível atração para os ambientes malignos confunde-me o espírito, que sinto inclinado ao bem e à retidão de proceder.

— Quem sabe, está você sob a influência de entidades menos esclarecidas? — considerou a jovem irmã, com boas maneiras.

— Sim — suspirou o rapaz —, por isso mesmo, venho tentando o desenvolvimento da mediunidade, a fim de localizar a causa de semelhante situação.

Nesse instante, o orientador de André Luiz murmurou, desveladamente:

— Ajudemos a este amigo através da conversação.

Sem perda de tempo, colocou a destra na fronte da menina, mantendo-a sob vigoroso influxo magnético e transmitindo-lhe suas idéias generosas. A menina, a seu turno, pareceu mais nobre e mais digna em sua expressão quase infantil e respondeu firmemente:

Neste caso, concordo em que o desenvolvimento mediúnico deve ser a última solução, porque antes de enfrentar os inimigos, filhos da ignorância, deveríamos armar o coração com a luz do amor e da sabedoria. Se você descobrisse perseguidores invisíveis, em torno de suas atividades, como beneficiá-los cristãmente, sem a necessária preparação espiritual? A reação educativa contra o mal é sempre um dever nosso, mas antes de cogitar de um desenvolvimento psíquico, que seria talvez prematuro, deveremos procurar a elevação de nossas idéias e sentimentos. Não poderíamos contar com uma boa mediunidade sem a consolidação dos nossos bons propósitos; e para sermos úteis, nos reinos do Espírito, cabe-nos aprender, em primeiro lugar, a viver espiritualmente, embora estejamos ainda na carne."

Fonte: www.guia.heu.nom.br

Amor Cigano - Tião Casemiro




Mas vejam só, mas vejam só
Que maravilha é aquela
Ao som do seu violino a tocar
É um cigano que vem trabalhar
É um cigano valente
É um cigano guerreiro 
Que vem nos ajudar

Transmitindo paz, alegria e amor
você me fascina
Você me irradia
És um cigano do amor
Ao som do seu violino a tocar
vem tirar toda a maldade
Toda fetiçaria
que tem neste lugar
 
A lua brilha, a lua brilha
Sua estrela reluz
Santa Sara Kali é quem me conduz

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Corre gira, pai Ogum



Corre a gira pai Ogum
Filho quer se defumar
Umbanda tem fundamento
É preciso preparar
Com incenso e benjoim
Alecrim e Alfazema

Defumar filhos de fé
Com as ervas da Jurema

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Defuma com as ervas da Jurema




Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Alecrim, benjoim e alfazema
vamos defumar filhos de fé


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Indução Espiritual


A indução espiritual de desencarnado para encarnado se faz espontaneamente, na maioria das vezes de modo casual, sem premeditação ou maldade alguma. O espírito vê o paciente, sente-lhe a benéfica aura vital que o atrai, porque lhe dá sensação de bem estar. Encontrando-se enfermo, porém, ou em sofrimento, transmite ao encarnado suas angústias e dores, a ponto de desarmonizá-lo - na medida da intensidade da energia desarmônica de que está carregado e do tempo de atuação sobre o encarnado. Em sensitivos sem educação mediúnica, é comum chegarem em casa esgotados, angustiados ou se queixando de profundo mal-estar. Por ressonância vibratória, o desencarnado recebe um certo alívio, uma espécie de calor benéfico que se irradia do corpo vital mas causa no encarnado, o mal-estar de que este se queixa.

Hábitos perniciosos ou vícios, uma cerveja na padaria, um cigarro a mais, um passeio no motel, um pornô-filme da locadora de vídeo, defender ardorosamente o time de futebol, manifestação violenta da sua própria opinião pessoal, atraem tais tipos de companhia espiritual, algumas brincadeiras tais como as do copo, ou pêndulo, podem atrair espíritos brincalhões, a princípio, que podem gostar dos participantes e permanecerem por uma longa estadia. De qualquer maneira, o encarnado é sempre o maior prejudicado, por culpa da sua própria invigilância - "orai e vigiai" são as palavras chaves e o agir conscientemente, é a resposta. A influência exercida pelos desencarnados, em todas as esferas da atividade humana poderá ser feita de maneira sutil e imperceptível, por exemplo, sugerindo uma única palavra escrita ou falada que deturpe o significado da mensagem do encarnado de modo a colocá-lo em situação delicada.

A indução espiritual, embora aparente uma certa simplicidade, pode evoluir de maneira drástica, ocasionando repercussões mentais bem mais graves, simulando até mesmo, uma subjugação espiritual por vingança.

Durante o estado de indução espiritual, existe a transferência da energia desarmônica do desencarnado para o encarnado, este fato poderá agravar outros fatos precedentes, como a ressonância vibratória com o passado angustioso que trazem a desarmonia psíquica para a vida presente, através de "flashes" ideoplásticos (ideo- do grego idéa = "aparência"; princípio, idéia. + plast- (icos) do grego plásso ou platto = "modelar"; moldar. Ou ainda "plasmar", no conceito espírita.). Em outras palavras: um fato qualquer na vida presente, poderá ativar uma faixa angustiosa de vida passada, tal vibração, gera a sintonia vibracional que permite a aproximação de um espírito desencarnado em desarmonia. Esses dois fatos juntos podem gerar situações de esquizofrenia na vida atual do paciente.

Fonte: Livros: ENERGIA E ESPÍRITO
ESPÍRITO/MATÉRIA : NOVOS HORIZONTES PARA A MEDICINA
APOMETRIA - A NOVA CIÊNCIA DA ALMA
OS PORTAIS DA FELICIDADE
APOMETRIA - NOVOS HORIZONTES DA MEDICINA ESPIRITUAL

terça-feira, 19 de julho de 2011

O que é pemba e para que serve?


ZIVAN – O que é a pemba e para que serve?

PAI VELHO – Pemba era um giz de fabricação especial, obtido através de um rito ou cerimônia. Passava de geração a geração e servia para grafar determinados sinais cabalísticos ou mágicos, com as mais diferentes significações, os quais variavam desde o nome da entidade que os firmava até às ordens astrais, envolvendo as mais diversas classes de entidades. De modo geral, porém, os sinais riscados pela pemba eram para uso de magia.

ZIVAN – Qual é o verdadeiro valor oculto, ou de imantação, da pemba?

PAI VELHO – Nenhum, pois o valor e a finalidade não estão no giz, e sim nos sinais grafados. O giz comum serve perfeitamente para o fim a que se destina: é inclusive mais barato e econômico.

A grande quantidade de pembas preconizadas para esse ou aquele fim é pura especulação comercial, sem o mínimo valor cerimonial ou oculto. Risca-se ponto demais. Com pembas ditas de Angola, do Congo, da Costa e de Moçambique. Os pontos autênticos das verdadeiras entidades são raros.

Sabendo que a magia não está na pemba e sim nos sinais que a entidade firmou, vamos apreciar o assunto em seus menores detalhes.

O Ponto Riscado, ou a Grafia do Orixá, é uma ordem escrita a uma série de entidades, desde os espíritos da natureza aos Exus e até a espíritos sensíveis às figuras geométricas.

O ponto completo obedece a sete sinais positivos que o identificam:

·  A que vibração primordial-forma pertence a entidade: caboclo, preto-velho ou criança;

·  A que linha pertence, dentro das sete fundamentais;


·  A falange ou subfalange, bem com o grau hierárquico dentro dos três planos de manifestação: Orixá, do Guia ou do Protetor;

·  Planeta regente e signo zodiacal;

·  Cor Fluídica Esotérica;

·  Elemento que manipula, figura geométrica, corrente cósmica e metal correspondente;
·  Entidades que comanda, quer as chamadas naturais, humanos ou não e artificiais.

Além desses sinais positivos existem os negativos, ocultos.

O ponto riscado é a própria história da entidade e dos auxiliares que a acompanham em seus trabalhos. É através dele que também podem ser efetuadas todas as fixações de magia, as ordens a uma série infindável de espíritos, obedecidas religiosamente. Traçado de pemba é coisa muito séria e pode, inclusive, pela leviandade de se riscar pontos sem o mínimo conhecimento, desencadear as mais imprevisíveis forças, às vezes com conseqüências irremediáveis.

A questão dos pontos é tão importante que todos têm nas palmas das mãos o selo dos Orixás responsáveis pelos destinos de cada um, como dizem os estudiosos da Quiromancia.

Fonte: Serões de Pai Velho – Roger Feraudy 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A dificuldade dos espíritos em nos ajudar


Os espíritos terapeutas enfrentam sérias dificuldades no serviço de socorro aos pacientes cujos nomes estão inscritos nas listas dos Centros espíritas. Além das dificuldades técnicas resultantes de certo desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam, outros empecilhos os aguardam em virtude do estado psíquico dos próprios doentes.

Às vezes, o enfermo tem a mente saturada de fluidos sombrios devidos a conversações maledicentes de intrigas, calúnias e fofocas; A pessoa que irradia deve inicialmente concentrar-se; orar em seguida, e depois, pela vontade, focalizar o objeto de sua irradiação e transmitir aquilo que se deseja: paz, conforto, coragem, saúde, equilíbrio, paciência, etc... A pessoa que irradia deve cultivar, bons sentimentos, bons pensamentos e bons atos.

 
Outro, ei-lo em excitação nervosa devida a violenta discussão política ou desportiva;

 
Acolá, os espíritos terapeutas encontram o doente envolto na fumarada intoxicante do cigarro ou na bebericagem de um alcoólico;

 
Outras vezes, os fluidos irradiados das sessões espíritas penetram nos lares enfermos, mas encontram o ambiente carregado de fluidos agressivos provenientes de discussões ocorridas entre os seus familiares.

 
É evidente que os desencarnados tem pouco êxito na sua tarefa abnegada de socorrer os enfermos quando estes vibram recalques de ódio, vingança, luxúria, cobiça ou quaisquer outros sentimentos negativos.

Fonte: Apostila: Fluidoterapia- irradiação

sábado, 16 de julho de 2011

Espiritismo, preto-velho e caboclo: “União sem fusão, distinção sem separação”



Certo dia reparei em um companheiro de atividades, cheio de dedos ao falar abertamente do trabalho que realizam a Casa dos Espíritos Editora e a instituição parceira que lhe deu origem, a Sociedade Espírita Everilda Batista. A vergonha ou o receio que ele tinha devia-se especificamente à bandeira hasteada por ambas as casas, na qual declaram positivamente:

“Trabalhamos com pretos-velhos e caboclos”.

- Mas o que o movimento espírita vai pensar? - perguntava se. - Uma casa espírita aparecer com um livro como Aruanda? Que casa espírita lança uma obra associada a pretos-velhos e caboclos?

- Entendo suas apreensões - respondi. - Acontece que a nossa sina começou há muito tempo, desde a publicação de Tambores de Angola. Quando lançamos o livro, você se lembra, muitos disseram que havíamos nos tornado umbandistas; agora não há como voltar atrás.

- Então! Imagine uma continuação...

- Mas alguém precisa falar contra o preconceito. Só porque o autor espiritual aborda o tabu umbanda e espiritismo quer dizer que deixamos de ser espíritas? Só porque lançamos um livro que fala de pretos-velhos e caboclos, que tanto têm feito por nós, espíritas, tomamo-nos “anti-doutrinários”? Faça-me o favor! Não perdemos a definição espírita de nossas atividades, porque espírita e o método de trabalho. Kardec é bom senso, e o codificador debatia qualquer assunto, sem medo nem ideias preconcebidas. Quanto aos espíritos, para eles não há barreiras religiosas: onde está o códice que informa a aparência correta de um “espírito espírita”? Kardec fala que é o conteúdo da comunicação que importa, e não a aparência do espírito, que pode ser forjada com facilidade.

As preocupações do companheiro de trabalho, no entanto, não eram infundadas. Com efeito, tudo que se relaciona à cultura religiosa do negro costuma ser assunto controverso, especialmente no meio espírita. Não obstante tanta relutância tenha fortes raízes históricas, é hora de começar a arrancá-las.

Que cesse o preconceito e que vivam as curimbas e as mandingas de preto-velho, a garra e as ervas dos caboclos. Que viva a atmosfera espiritual do Brasil, onde cada um mantém seu método de trabalho, mas sabe respeitar e auxiliar onde quer que seja preciso, com espírito de equipe e de solidariedade. Que vivam os médicos alemães, as freiras e os padres católicos, os árabes e indianos de turbante, os soldados de Roma e todas as falanges e nações que, na pátria espiritual, se reúnem em torno da insígnia de Allan Kardec - e, sobretudo, sob a bandeira do Cristo, de amor e fraternidade.

“União sem fusão, distinção sem separação.”

Fonte: O texto a cima foram originalmente publicados no jornal Spiritus, periódico editado pela Casa dos Espíritos Editora, por ocasião do lançamento do livro Aruanda de Robson Pinheiro.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Silêncio é prece? O objetivo das músicas, dos cânticos e dos pontos cantados



Pai João e Vovó Catarina entoavam uma música diferente; à medida que cantavam, os fluidos atmosféricos vibravam de maneira peculiar, ao mesmo tempo em que eram atraídos pelas auras desses companheiros abnegados:

Aruanda é longe, e ninguém vai lá... É só os pretos-velhos que vai lá e torna a voltar!

Wallace saiu de seu silêncio com lágrimas nos olhos e disse:

- Nossos amigos entoam o chamado ponto de Aruanda. É uma evocação das falanges espirituais às quais pertencem. Os fluidos que se aglutinam em suas auras e nas nossas, enquanto eles entoam seu ponto de firmeza, são elementos vibratórios enviados das comunidades espirituais do Mais Alto. Ao entoarem a cantiga de Aruanda, suas mentes projetam vibrações intensas e poderosas, e assim se estabelece uma ponte entre nós e as comunidades elevadas do plano espiritual.

Notei que milhares de filamentos dourados pareciam flutuar à nossa volta. Eram minúsculos, quase microscópios, no entanto somavam-se uns aos outros. Brilhavam intensamente em torno de nós e formavam uma rede finíssima, que irradiava de cada um de seus filamentos uma luminosidade suave e agradável, inspirando-nos serenidade, refazendo nossas energias.

A música cantada pelos pretos-velhos estabelece uma ponte de ligação com aqueles espíritos que nos tutelam, do Alto. Faz vibrar o ambiente astral no qual nos movimentamos, que repercute diante das ondas superiores evocadas com coração, e atrai os riquíssimos elementos de energia dispersos na natureza e condensados pelos elementais. A música ou a cantiga, como no caso dos pontos dos pretos-velhos, eleva a vibração e reequilibra nossos pensamentos, muitas vezes vacilantes, produzindo harmonia em torno de nós.

É pena que muitos amigos encarnados desconheçam o poder da alegria, da música e dos cânticos de ordem elevada, pois, do contrário, estimulariam as pessoas a cantarem mais nas casas espíritas. Diversas vezes, as reuniões se assemelham a procissão de velório, tal o silêncio constrangedor e enganador.

Falo da cultura que se propagou em muitas casas espíritas, nas quais com frequência observamos uma placa com os dizeres: Silêncio é prece. As pessoas costumam chegar aos templos religiosos, assentar-se próximo umas às outras, baixar a cabeça e silenciar a boca, manifestando um aspecto de equilíbrio. Ledo engano. O campo mental está um verdadeiro tumulto, uma algazarra, e o silêncio é apenas da boca para fora. Seria muito mais produtivo se utilizassem o verbo abençoado para cantar, liberando emoções saudáveis e estimulando a alegria, a jovialidade. Empregariam, assim, a força de seu pensamento em algo construtivo, visando ao bem-estar comum; isso, sim, prepararia realmente as pessoas, deixando-as receptivas à palavra do Evangelho. A música alegre e elevada estimula a mente para criações mentais superiores e suaviza emoções conturbadas.

É tanto silêncio em determinadas reuniões espíritas que muita gente dorme no assento e, como se não bastasse o vexame, afirma depois que estava desdobrada. Acordam em meio à palestra e interpretam a saliva que lhes escorre pela boca como sendo ectoplasma! Roncam, outras vezes gritam mentalmente. Então, podemos verificar que silêncio, pura e simplesmente, nunca foi prece. O silêncio de muitas pessoas é eloquência mental. Gritam de forma ensurdecedora enquanto permanecem com as bocas fechadas. Enfim, precisamos da música de Aruanda em nossas casas espíritas, a música alegre e efusiva, entoada com coração.

Acontece que, até onde sei, grande parte das casas proíbe o cantar em suas dependências, mesmo da música que eleva...

É claro que isso ocorre com inúmeras casas espíritas. Todavia, isso se deve principalmente a seus respectivos dirigentes, que já perderam a alegria e o estímulo de viver. Muitos se comportam como museus ambulantes, cabisbaixos, sérios, isto é, ranzinzas, soturnos e mal-humorados. Intentam projetar seu estado íntimo no ambiente das casas que coordenam, e para justificar essa atitude infeliz, vale até dizer que não se pode cantar ou conversar por ordem dos mentores. Se há mentores assim taciturnos, precisam é de muita prece e terapia...

É, tem cada coisa acontecendo por aí em nome do equilíbrio e da disciplina...

Cada casa espírita ou espiritualista é o reflexo de seu dirigente, está aí uma realidade que não podemos negar. Se o coordenador ou a diretoria da instituição se caracteriza pela morosidade, pela atitude conservadora e antiprogressista, não gosta de estudar nem as bases deixadas por Kardec, fatalmente veremos um centro espírita imerso na escuridão, com um ambiente sob enganosa penumbra, tons de cinza nas paredes e no sorriso desbotado de muitos, aliás, geralmente poucos voluntários. Falta alegria e satisfação em servir, e toda mudança que possa arejar os velhos hábitos é a priori rejeitada.

Por outro lado, caso os dirigentes se caracterizem pela jovialidade, espontaneidade e alegria e sejam dados ao estudo, estimuladores do progresso espiritual, certamente presenciaremos uma reunião efusiva, descontraída, um ambiente bem iluminado por lâmpadas, sorrisos e vibrações elevadas. As cores dessa casa refletirão o estado íntimo de seus dirigentes e frequentadores, primando pela leveza e pelo bom-humor.

Portanto devemos ser adeptos fervorosos da interpretação espírita codificada por Allan Kardec, aprendermos a cantar com os pretos-velhos e deixar a alegria extravasar de nosso interior, celebrando a oportunidade de aprender com as leis da vida.

Fonte: Trecho do Livro: Aruanda -  Robson Pinheiro

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